sábado, 24 de setembro de 2016

A FEDERAÇÃO DOS BANCOS EA FEDERAÇÃO BRASILEIRA

A FEDERAÇÃO DOS BANCOS
  EA FEDERAÇÃO BRASILEIRA
O clube poderoso e exclusivo dos banqueiros, a FEBRABAN , é mais importante do que qualquer um dos estados que integram a República Federativa do Brasil. Inclusive,   do mais destacado entre eles, São Paulo,  que alguns paulistas orgulhosos e também equivocados,  dizem ser a locomotiva  que reboca vinte e seis vagões, ou seja,  estaria a puxar valentemente , pela força do seu dinamismo o resto do Brasil.
São Paulo construiu o seu poderio econômico pela força e competência do seu povo, pela participação dos brasileiros de todos os quadrantes que para lá foram, movidos pela esperança; dos imigrantes que chegaram do Japão, da Itália, da Coreia, da China,  dos judeus vindos de todo o mundo.
Já a FEBRABANé  fortíssima entidade, mas não se pode dizer exatamente hoje, no atual estágio do cassino financeiro globalizado e sem freios, que seja
Comparável aos setores produtivos, como a indústria, a agricultura, que operam nos limites da economia real. A banca não tem limites, especula, faz dinheiro virtual, desfruta dos juros estratosféricos,  com rigidez ortodoxa  traça, para  economia, suas regras próprias que por todos deverão ser obedecidas.
Não é sem motivos fortes que Meireles foi imperial comandante das finanças durante os governos de Lula, presidindo o Banco Central, e agora é o manda – chuva, intocável Ministro da Fazenda no governo  Temer.
Desafiar o cassino financeiro, bater de frente com a FEBRABAN, pode ser tão perigoso como nadar ao lado de tubarões .
E tubarões famintos nunca se aquietam enquanto não tiverem a fome saciada.
Vai dai,a metáfora da  fome do tubarão deve servir para governos inteligentes,  que queiram evitar tempestades. E a estratégia consistiria em não desatender por completo a FEBRABAN,mas,agindo para proteger o trabalhador, fortalecer o lado saudável da economia, aquela que corre riscos, que se faz com a capacidade de empreender,  e que percorre o labirinto infernal dos juros astronômicos, da extorsão tributária, da ganancia insaciável do mercado financeiro.
É isso que Dilma não conseguiu entender pela sua visceral inépcia de lidar com o poder, e é isso que devemoster, pelo menos a esperança, de que  Temer consiga, porque, se não houver um mínimo de alento para a economia, o país submergirá, enquanto os bancos continuarão exibindo seus lucros fantásticos.
Se amanhã algum banco,um daqueles   criados pelos felizes economistas que ajudaram a fazer o Plano Real, começar a dar sinais de debilidade, e houver uma corrida aos depósitos,  Meireles acenderá o sinal vermelho ,dirá que há iminente risco sistêmico e a possibilidade de contaminação de toda a rede bancária.  Então, o tesouro da República terá dinheiro  para tapar o rombo, seja ele de um,  cinco,  ou  mais bilhões. Para coisas assim Meireles estará sempre vigilante e solícito no atendimento.
Quatorze governadores foram a Brasília para uma reunião com o presidente, que não os recebeu, desculpou-se, e designou Meireles para ouvi-los. Como se sabe ,os governadores não mereceram sequer um gesto de boa vontade diante do pedido que fizeram: apenas sete bilhões, para que salvem os estados  da bancarrota completa  que se avizinha com o agravamento da crise .
Jackson Barreto, que era um dos quatorze , apenas perguntou: ¨Ministro e o que eu faço quando não puder pagar mais o caminhão – pipa que leva água para as pessoas do  semiárido que estão vivendo agora o sexto ano sem  chuvas ¨?
Meireles respondeu contrafeito, explicando que tudo se resolverá quando a economia voltar a crescer . Ate lá que se aguentem os que têm sede, que façam impossíveis cambalhotas financeiras os governadores.
Se os governadores efetivamente declararem estado de calamidade, e são agora já dezessete,  a repercussão no mundo financeiro  será  péssima, tanto aqui dentro como no exterior.
Depois disso, Meireles receberá os representantes da FEBRABAN, muito preocupados, então, ele dará atenção à outra  federaçãozinha, aquela,

a República Federativa do Brasil, formada por 26 estados e um território federal, todos, menos importantes do que a FEBRABAN.

HIPOCRISIAS, HIPOCRISIAS

HIPOCRISIAS, HIPOCRISIAS
Uma lei que criminalizaria o Caixa-2 e ao mesmo tempo anistiaria os que o fizeram, ou dele se beneficiaram, sorrateiramente apresentada na Câmara, foi duramente combatida por diversos parlamentares, e na confusão criada só restou a alternativa da retirada da matéria em pauta.
A mídia, que agora virou farol moralisteiro a apontar o porto da virtude, logo desancou o projeto, e alguns deputados começaram a aparecer indignados, denunciando a manobra,  aliás errada e inepta, pela maneira como foi conduzida.
No íntimo de cada um,o sentimento é outro, todavia, têm medo de externá-lo, temendo o linchamento da opinião pública, agora trabalhada para crer que o único mal a afetar o Brasil é a corrupção, e que só uma Lava – Jato espalhada por todo o país conseguiria corrigí-lo .
Não há um só politico no Brasil que um dia, no sôfregocorre -corre das campanhas eleitorais, não tenha  recorrido a algum empresário, pedindo-lhe socorro.  E nenhum deles perguntou seo dinheiro ofertado resultaria do hoje tão satanizado Caixa – 2.
Esse era um procedimento reconhecido e aceito, pelo menos nas rodas  do mundo político, onde aliados e adversários conversavam sobre suas fontes de financiamento.
Não são somente políticos que buscam apoios empresariais, o político, pelas contingencias, faz disso uma prática corriqueira,todavia, não divulgada, já outros setores, como associações de magistrados ou de procuradores ou promotores, vez por outra tornavam público eventos dos quais participavam com o apoio de empresas X ou Y, e esses casos compreendiam patrocínios para eventos, viagens, ou iniciativas das próprias associações ou grupos de magistrados,  e promotores de Justiça. E quem poderia assegurar que o dinheiro gasto em tais eventos estaria estritamente dentro das normas contábeis, com plena obediência às regras do nosso sistema tributário ? Ou que as empresas patrocinadoras fariam tudo por mero altruísmo ?
A Rede Globo promove todo ano o prêmio INOVARE, que é um reconhecimento de boas iniciativas na área dos operadores do Direito que contribuam para a eficácia maior da Justiça. Se amanhã se descobrir que os recursos utilizados teriam passado por uma triangulação em paraísos fiscais, magistrados e procurador e ssofreriam constrangimentos ?
Não se quer aqui afirmar que o meio político venha a ser um jardim florido e primaveril, onde florescem todas as virtudes, seria uma bruta ingenuidade, ou estupidez, imaginar-se tal panorama.
Ninguém, a não ser parceiros do mesmo crime, dirá que na  PETROBRAS, nos Fundos de Pensão, nada mais ocorreu além do financiamento para campanhas eleitorais. A realidade espantosa da roubalheira efetuada não permite tal desconhecimento do que é óbvio e ululante.
O que não se pode é festejar a hipocrisia.

Se na nova lei que se pretende fazer criminalizando o Caixa -2 houver efeito retroativo, não se fará mais nada neste país a não ser assistir o espetáculo televisivo de todos os políticos indo parar na cadeia. E só iriam os políticos ?

MANOBRAS, AGONIAS, E AS AÇÕES DO BANESE

 MANOBRAS, AGONIAS, 
E AS AÇÕES DO BANESE
Percorre Jackson Barreto um calvário que não é só dele.  Mais áspero é aquele dos que estão a depender de salários ou pensões com atraso e parcelados. É evidente que nenhum governante a não ser que fosse desequilibrado e absolutamente insensível, atrasaria salários tendo dinheiro para pagar em dia.  Alguns salários que Sergipe paga são superiores à capacidade dos nossos cofres, mas,,enquanto havia crescimento da economia, a carga era suportável. A estagnação das atividades econômicas a queda nos repasses da União levaram o Estado a uma situação de insolvência. Andam algumas obras,custeadas por recursos do PROINVESTE,  aquele pelo qual Déda encurtou a vida no sacrifício final para vencer as insensatas resistências. Há ainda recursos do PRODETUR,com isso, ainda se consegue gerar empregos com obras públicas. Essa situação não é bem compreendida por uma parte dos servidores que pergunta: Se o Governo tem dinheiro para obras, porque não o utiliza para pagar  salários ?
Para que não houvesse duvidas como essa, como tantas outras a respeito de Lei de Responsabilidade Fiscal, de limite prudencial de gastos, de verbas especificas para determinados fins, todo esse emaranhado que só especialistas entendem deveria ser bem explicitado, para que não pairassem dúvidas. Da mesma forma, teria de ser explicada pela Secretaria da Fazenda, essa manobra aprovada pela Assembléia,do remanejamento de fundos de pensão para que houvesse recursos para  pagar em dia ao aposentado.
Essa seria uma tarefa do setor técnico, não apenas do próprio governador ou do Secretario de Comunicação, que bate diariamente numa tecla que teria mais força de convencimento, se fosse acionada com a responsabilidade do Secretário da Fazenda,  que tem nas mãos as cifras exatas que  devem sair da caixa preta.
O governador restabeleceu, por iniciativa própria, o diálogo indispensável com os auditores fiscais e pediu-lhes cada vez mais empenho, para dar eficácia ao mecanismo arrecadador. Ao mesmo tempo encontra alternativas como essa já adotada.
Fala-se agora na possibilidade da venda da conta do BANESE para outro banco. Essa,todavia, não parece ser a melhor solução, porque reduziria o valor de mercado do banco .Existe ,todavia, uma outra  opção, que manteria  íntegro o banco,e o tornaria mais competitivo.Seria a venda para a iniciativa privada  de uma parcela das ações que detém o Estado , formando-se uma nova sociedade com gestão compartilhada. O BANESE é rentável,tanto assim que  o  Itaú tem , no fundo BANESE algo próximo dos duzentos milhões de reais. Como se sabe, banco não costuma perder dinheiro. Uma chamada para a oferta de ações do BANESE atrairia muitos compradores,talvez,  as ações fossem todas adquiridas por investidores sergipanos. O estado de Sergipe abriria mão do completo controle acionário que não lhe dá muitas vantagens, e receberia, cash, um razoável volume de dinheiro para irresistindo, e impondo menos sacrifícios aos servidores,  talvez até, conseguindo fazer mais algumas obras.

O estamento da cúpula burocrática do BANESE,faz cara feia quando se trata de mudar  para um modelo mais aberto de economia mista, a atual estrutura  do banco rigidamente estatal.

A ARTE DE LEONARDO NA BUATE SEGREDO

A ARTE DE LEONARDO
NA BUATE SEGREDO
Pascoal Maynard, jornalista, militante em tempo integral pela causa da cultura, mexe e remexe e sempre vai descobrindo coisas que podem ser feitas. No seu programa na TV Aperipê ele com as suas entrevistas vai despertando memórias, reunindo depoimentos, assim, construindo o acervo dinâmico sobre o seu tempo, sobre a vida sergipana. Um dia desses, conversavam ,após o fim do expediente no Tribunal de Contas, o presidente conselheiro Clóvis Barbosa, o historiador, pesquisador incessante Gilfrancisco, o jornalista Marcos Cardoso, e Pascoal Maynard, quando foi lembrado que o pintor Leonardo Alencar estava internado num hospital. Pascoal lembrou então que acabara de visitar o quase escombro do restaurante Catavento e Buate Segredo, na  área onde funcionava a Associação Atlética de Sergipe.
Pascoal foi conferir o estado em que estavam as inovadoras xilogravurase placas de bronze em relevo, criadas por Leonardo há 50  anos. Três anos antes Pascoal relatara o estado de abandono do trabalho de Leonardo ao   Subsecretario do Patrimônio Histórico e Cultural, o professor e antropólogo Luiz Alberto dos Santos, um nome que sempre merece ser lembrado com saudade e respeito. Ele tomou imediatas providências, e uma equipe formada pelas professoras Ana Conceição Sobral de Carvalho, Rosina Fonseca Rocha e o fotógrafo Edson Araujo foi ao local fazer observações e documentar os painéis.  Foi elaborado um relatório técnico primoroso, mas logo em seguida o professor Luiz Alberto adoeceu e tudo ficou como estava.

Pascoal falou sobre a urgência para salvar a obra, então, o conselheiro Clóvis Barbosa sugeriu que numa ação conjunta Tribunal de Contas- Governo do Estado, os murais possam ser transferidos para o espaço cultural Carlos Britto, na ampla sala de entrada do prédio do TC. O tempo urge e é preciso salvar uma parte expressiva da obra de Leonardo .

AUSINA DE CINCO BILHÕES DE REAIS QUE COMEÇA AQUI

AUSINA  DE CINCO BILHÕES
DE REAIS QUE COMEÇA AQUI
Nessa quarta, 28,um ato simples marcará o inicio da construção do Complexo de Geração de Energia Governador Marcelo Déda, na Barra dos Coqueiros. O nome é uma homenagem dos investidores ao governador que iniciou os contatos e batalhou pela localização em Sergipe do que é agora um dosmaiores empreendimentos da iniciativa privada  no país.
Explica o economista Oliveira Junior assessor de Jackson Barreto para assuntos de energia e minério que o complexo com investimento previsto de 5 bilhões de reais, utilizando o gás natural, será ambientalmente adequado o que não acontece   com usinas que que usam carvão ou petróleo. A primeira térmica que é o inicio do Complexo produzirá mil e quinhentos megawatts de energia elétrica e será a maior do país. Quando instalado todo o Complexo a capacidade geradora passará para 3 mil megawatts, quase a potencia nominal da Usina hidrelétrica Xingó, hoje com capacidade reduzida em virtude da  disponibilidade de água do semi-morto São Francisco. A água a ser utilizada será a do mar, e esse é outro aspecto ambientalmente favorável.

 Esse investimento em Sergipe gera um alento que o governador Jackson Barreto pretende utilizar para reverter o clima de pessimismo que nos sufoca e paralisa.

O VELHO CHICO E A SUA AGONIA

O VELHO CHICO
 E A SUA AGONIA
A novela Velho Chico está projetando o drama do portentoso curso d`água que foi chamado por Capistrano de ¨rio da integração nacional .¨ Hoje, o Velho Chico não ajuda nem mais a integrar o nordeste, porque o uso das suas águas transformou-se numa grande controvérsia que dividiu os nordestinos. Mas, o que une a todos é a consciência de que o rio está mesmo morrendo, e precisa ser salvo.
Em Aracaju, todas as semanas, reúnem-se na DESO gestores de diversos órgãos  que discutem alternativas e acompanham a execução de projetos hídricos. O drama do Velho Chico sempre está em pauta. Na última dessas reuniões foram analisadas as providencias anunciadas, ou em curso, e chegou-se à conclusão de que as medidas são tímidas e sem capacidade para corresponder ao tamanho do problema.
O engenheiro Ailton Rocha especialista em recursos hídricos, ou seja,  o ¨homem da água ¨, fez referência ao embrião de um projeto que estaria em analise. Seria a construção de um dique, um semi-círculo de pedra e cimento na foz do rio, entre Sergipe e Alagoas, para represar as aguas no trecho baixo, regularizar a vasão e impedir que o mar avance, como já está acontecendo.  Com a redução da vasão para 700 m³/ s como já está previsto, a água salgada poderá avançar mais ainda, inviabilizando o perímetro irrigado de Neópolis e impedindo a captação de água para cidades sergipanas e alagoanas. Aracaju também estaria ameaçada. Parece agora que o dique seria a única solução.

Jackson Barreto e Renan Filho poderiam, juntos, analisar a viabilidade do projeto.

O COLPASO DO ENSINO E A REFORMA ANUNCIADA

O COLPASO DO ENSINO E
A REFORMA ANUNCIADA
Os índices que revelam o quadro alarmante da péssima educação brasileira, estão  a exigir providencias. Agora, o governo federal anuncia um projeto que parece lógico e sensato para o ensino médio, aquele onde a tragédia mais se revela, com a realização dos vestibulares.
O professor doutor em educação Jorge Carvalho Secretário de Estado da Educação, foi a Brasília participar do encontro com o ministro Mendonça Filho e voltou satisfeito. Para ele o Brasil não poderia ser o único país do mundo com 13 matérias obrigatórias na grade curricular do ensino médio. Agora, serão obrigatórias apenas a Matemática, o Português e o Inglês. As outras os alunos escolhem no decorrer do curso, ao definirem o rumo acadêmico que irão tomar. O projeto será analisado pela sociedade e pelo Congresso. Estados que desejem implementá-lo já no próximo ano, poderão fazê-lo. Jorge entusiasmou-secom o apoio  para escolas em tempo integral, passando das atuais 800 horas para 1 400 ano, e anuncia que das três atualmente em funcionamento em Sergipe, pretende, em 2017, chegar a 14.


sábado, 17 de setembro de 2016

A GREVE DOS BANCOS EA AVIDEZ DO BANESE



A GREVE DOS BANCOS
 EA AVIDEZ DO BANESE
Millor Fernandes, que também era Vão Gôgo, e Aparício Torelli que também eraBarão de Itararé, fizeram,na época turbulenta em que viveram,  o que de melhor existiu em humor  inteligente, para, não só desatar o riso,  também, levando as pessoas a  desacreditarem em mitos e engodos, sobretudo, aqueles camuflados pela política, e agasalhados pelas instituições.
Torelli, que engordava marrecos e peixes na quietude do seu sítio,era anarquista, uma espécie de Bakunin em vestes de anacoreta ,que fazia das palavras as suas bombas de demolição.  Seu jornal A Manha, era alvo frequente da policia que o invadia, depredava e espancava as pessoas.
 Na porta do jornal ele colocou o aviso: Entre Sem Bater.
Millor era,mais ainda, um criadorgenial de frases, e nelas, resumia  as agonias, as insatisfações , os dramas cotidianos das pessoas, das injustiças que permeiam a sociedade.
Fazendo rir, castigava os costumes, o ¨ridendocastigatmores ¨dos romanos.
Sobre o comportamento dos que comandam as corporações financeiras escreveu Millor : ¨Banqueiro que tem escrúpulos em utilizar de todos os processos para  ganhar mais dinheiro é um traidor da classe ¨.
No país dos juros imorais, indecentemente extorsivos, no país onde a tolerância à prostituição do mercado financeiro enriquece cada vez mais os seus posudosgigolôs, bancos podem exibir, impunemente , os  lucros  resultantes da agiotagem oficializada, isso, enquanto desaba o resto  da economia, aquela que produz bens reais,  e não apenas papeis  artificialmente multiplicados  . Num país assim, cartões de crédito, cheques especiais, podem render aos bancossomas  variando entre 360 a 460 por cento ao ano, e o pior: o governo é conivente ou parceiro nesse crime impune que o Código Penal claramente tipifica.
Os bancos oficiais não fogem dessa regra, até porque nenhum dos seus dirigentes, embora apenas burocratas que se fazem banqueiros, não escapam do mesmo procedimento usurário.
Fazem de tudo para que os outros autênticos banqueiros não os considerem traidores da classe.
Pois não é, então, que o nosso tamboretesinho estatal,o BANESE, ¨Orgulho dos Sergipanos ¨, resolveu meter antecipadamente a mão de gato na parcela primeira do salário fracionado dos servidores  que têm empréstimos consignados, assim, descumprindo até a determinação que teria recebido para aguardar pelo resto do pagamento.
 O BANESE, que sobrevive pelo privilegio que tem de exercer o monopólio das contas do governo do estado e dos seus servidores, seguindo, ao que parece, as leis apócrifas que regem o comportamento do sistema financeiro, ignoraque os servidores   sofrem as agruras de uma crise. Essa crise que atinge a todos,evidentemente, nunca chegou aos bancos, que sofrem apenas de uma crise, essa irremediável, 
causada pelo medo que têm todos os financistas de virem a ser considerados traidores da classe.  Todos, indistintamente, seguem o comportamento único da FEBRABAN, a poderosae indiferenteentidade da banqueirada,  que se recusa a dar um  tratamento digno aos seus  servidores, impedidos  de  compartilhar do mínimo do mínimo daqueles lucros afrontosos que todos tão arrogantemente exibem, e sobre eles pagam impostos ridículos, quando confrontados com o resto da economia produtiva e decente.
Só uma observação: bancos multinacionais que aqui operam, pagam aos seus trabalhadores brasileiros menos do que recebem os trabalhadores em funções idênticas,empregados em suas agencias paraguaias.
Como os bancos elaboram as suas próprias regras, eles tudo podem fazer , até submeter os clientes ao desconforto e aos prejuízos imensos criados por uma greve justíssima dos bancários, humilhados e ofendidos, e lutando  por seus direitos sonegados.

A BRIGA SEMPRE REPETIDA COMPESQUISAS ADVERSAS



A BRIGA SEMPRE REPETIDA
COMPESQUISAS ADVERSAS
 Pesquisa eleitoral só é bem recebida e plenamente aceita pelos que aparecem destacados na primeira colocação. Os demais, dizem, no mínimo, que não acreditam em pesquisas, e há também, aqueles, que enxergam movimentos desestabilizadores levados a efeito pelos adversários, sempre envolvendo os institutos na falsificação das cifras. Já existem projetos tramitando no Congresso Nacional com o objetivo de proibira divulgação das pesquisas durante o período da campanha. Se isso chegar a ser consumado será um retrocesso imenso. A pesquisa é uma avaliação sempre precisa de um momento, dificilmente erram de forma clamorosa. Há,sempre, uma aproximação muito grande dos resultados finais. Até porque a forma de realizarpesquisas obedece a modelos matemáticos, testados com amplo sucesso em todo o mundo. Tudo fica a depender, porém, da credibilidade do instituto que se contrata. Há algumasque se tornam suspeitas, mas, no geral, o procedimento é sempre correto, porque dificilmente um instituto que pretenda permanecer no mercado, correrá o risco de tornar-se inconfiável. Há, aqui e ali, empresas duvidosamente constituídas , que se dispõem a elaborar resultados   ¨¨sob encomenda ¨, mas essas têm vida curta.
Houve, na eleição de 1994, quando disputavam o governo Jackson e Albano , um resultado calamitosamente equivocado, com o qual o instituto até hoje se preocupa, porque a falha afetou seriamente a sua imagem, tão consolidada que o nome IBOPE ainda hoje continua sendoassociado à pesquisa, gerando frases assim corriqueiramente utilizadas: O IBOPE dele está baixo ¨. ¨Isso não dá IBOPE ¨, ¨Vamos trabalhar para melhorar o IBOPE ¨.
Naquela eleição, onde todos os sintomas apontavam para uma margem estreita de vantagem entre os candidatos, o resultado do IBOPE divulgado pelas televisões e emissoras de rádio dava a Albano uma vantagemimensa de votos sobre Jackson. Como se sabe, no primeiro turno Albano perdeu as eleições por aproximadamente mil e quatrocentos votos.  Denunciou-se, até, que o resultado teria sido forjado em virtude da amizade de Albano, então presidente da poderosa Confederação Nacional da Indústria com o dono do Instituto, Carlos Montenegro. Mas os organizadores da campanha de Albano, acreditaram plenamente na pesquisa, tanto assim que, às vésperas da eleição os comitês foram desmobilizados, suas equipes deixaram as ruas indo, antecipadamente,   comemorar a ¨vitória ¨,  entoando um ¨ já ganhou ¨que não aconteceu. Se houve o feitiço, ele virou-se contra o feiticeiro. Por causa daquele erro clamoroso, que fez até o IBOPE readequar toda a sua metodologia de pesquisa, até hoje se diz quando uma pesquisa é desfavorável: ¨Lembram-se do IBOPE de Albano ? ¨
Na última eleição, Rogério Carvalho, que entrou na campanha para o Senado derrubando portas, e ele tinha, naquele tempo,  disposição e  ¨instrumentos¨ para derrubá-las atribuiu sua derrota  à divulgação , quase na última hora, de uma pesquisa pela TV- Sergipe que dava   dianteira para Maria do Carmo.  A pesquisa retratou o exato placardfinal, mas Rogério não se conformou e atacou duramente a televisão e o seu sócio principal, chamado por ele, deselegantemente, de trapaceiro.
As pesquisas em Aracaju agora são todas coincidentes na amostra das tendências do eleitorado. E essa tendência dá uma boa margem de frentede Edvaldo Nogueira sobre todos os demais concorrentes. João Alves, penando na rabeira, parece que já se conformou com a antecipação dos resultados negativos de um pleito no qual teria entrado sem vontade nem animo para a disputa. O seu ex-genroEdivan Amorim o deputado André Moura, deceparam-lhe todas as chances de manobra, mas,  fracassaram na tentativa de, com essas manobras, dar votos ao seu candidato Valadares Filho.    Confiavam que as suas maquinações astuciosas nos bastidores, se traduzissem em alento e força à campanha do jovem deputado federal, que imaginou seduzir o eleitorado exatamente construindo uma imagem de juventude e renovação. É possível, sem duvidas, queo quadro venha a se inverter, mas é uma hipótese pouco provável, porque o voto do eleitor aracajuano parece já cristalizado, e as novas companhias de Valadares pai e Valadares Filho causam muita rejeição, pelo temor de que essas companhias venham a exercer controle sobre a Prefeitura de Aracaju  e, nesse  caso, viesse a aconteceralgo parecido com o  que se viu na Assembleia Legislativa.

A MORTE DE ¨ SANTO ¨ NAS ÁGUAS DO VELHO CHICO




 A MORTE DE ¨  SANTO  ¨ NAS
ÁGUAS DO VELHO   CHICO
O ator Domingos Montagner, revela-se agora, era um desses seres humanos bafejados pela rara, sutil e virtuosa arte de viver em harmonia. O século vinte acompanhou a trajetória sublime de um genial palhaço: Charles Chaplin. O ¨clown ¨completo e perfeito , que fez rir, chorar, e levou a comédia a abranger a tragédia de um tempo opresso de medos, destruição, e dúvidas atrozes sobre o destino da humanidade.
Chaplin fez, da figura do ¨clown ¨ por ele elaborada, um ideal perseguido pelos melhores ¨clowns ¨que o sucederam. O palhaço se tornou a imagem do bem, e os vemos a fazer o bem do riso alegre nos picadeiros, e o riso que ilumina a face de tristeza das crianças nos hospitais, despedindo-se da vida breve. Há, entre os que fazem a arte de representar aquela convicção de que o cômico poderá interpretar melhor a tragédia , mas o contrário não ocorre.
DomingosMontagner, o Santo da novela Velho Chico, era um palhaço, talvez por isso, tenha dado tanta consistência , tanta expressividade, a um homem  rústico que simbolizou a resistência, a força da superação da tragédia humana e telúrica do Velho Chico, um rio condenado à morte, e nesse rio,  o Santo escapou, na ficção, da morte,  e na realidade  as vezes cruel da vida, Domingos Montagner pelo Velho Chico foi levado.
A vida é fascinante, trágica, sorridente, triste, despreocupada, tensa, cruel, solidária. Por isso, é fantástica a aventura de viver.
Por isso,talvez o tempo da existência não conte tanto para os que, em curto tempo, assimilam a essência dessa aventura.
A tragédia suscitou uma controvérsia: haveria ou não advertências bem visíveis, segurança numa ¨prainha ¨tão frequentada e tão perigosa? Acontece que Domingos Montagner e Camila Pitanga saíram de um restaurante onde almoçaram e caminharam até um ponto afastado da ¨prainha ¨ onde há muitas pedras, e lá desceram ao rio, e começaram a nadar, e teriam tentado chegar até uma ilhota de pedras a uns duzentos metros. No local é bem visível a forte correnteza e também os torvelinhos,os ¨remansos ¨fortes que se formam acompanhando a descida das águas. O perigo é evidente, mas os atores talvez, por serem jovens e saberem nadar bem, não os temeram. A vida é sempre uma aventura.
Masum secretário municipal que acumula as tarefas do turismo, cultura, esporte e comunicação, seguramente destituído de inteligência , vocação ou sensibilidade para exercer qualquer uma delas, despertou a polemica ao dizer que os salva-vidas foram retirados do local quando iniciaram-se as obras da Orla, e que a responsabilidade estaria entre a empresa construtora e o estado que a construía, enquanto a prefeitura esperava a entrega da obra pela construtora.  O governo do estado prontamente distribuiu nota atribuindo a responsabilidade à Prefeitura, e com issocriou-se uma polemica nada saudável à imagem turística de Canindé, do Canion de Xingó, porque estendeu-se por toda a mídia.
 Tudo iniciado por quem deveria ter um mínimo de inteligência, tanto para expressar arealidade, a verdade, como para saber que turismo é uma atividade  que depende, substancialmente, da avaliação que fazem os turistas  do destino que escolhem.
Quem conhece alguma coisa além doslimites estreitos onde a ignorância os restringe, sabe, por exemplo, que em nenhuma praia, em nenhum balneário famoso pelo mundo existem salva-vidas, ou até simples advertências  nos locais além da área mais frequentada. Na Pedra do Arpoador junto às badaladíssimas Copacabana e Ipanema não há salva-vidas a postos, e ali morrem pessoas, por suicídio ou imprudência, porque o perigo é evidente. Em Balneário Camboriu, as extremidades da alongada praia se misturam com pontos acidentados, pedregosos, ali, poucas pessoas se aventuram a ir, e por isso não há  salva –vidas. Na praia de Maresias em São Paulo, na área frontal aos bares e restaurantes, banhistas e surfistastêm salva-vidas por perto, mas, logo adiante,nas duas direções, a praia  se vai  tornando deserta, e não há salva-vidas.
E se poderia listar uma alongada citação de praias ebalneários com as mesmas características.
Mas, infelizmente, bom senso , sensatez  e responsabilidade, não são, sempre, as características daqueles que mais deveriam cultivá-las.