Parecia que aqueles senhores e senhoras
intrometidos, os técnicos do Fundo Monetário Internacional, nunca mais viriam
ao Brasil monitorar as nossas finanças, bisbilhotar sobre a nossa vida. O FMI
assemelha-se a um abutre que sobrevoa a terra buscando carniça. A economia
brasileira apodreceu, e isso parecia há pouco tempo improvável.
Temos, porém, vistosas reservas em dólares e
não estamos, ainda, próximos daquelas crises de quebradeira completa, que
fizeram Fernando Henrique sair de pires na mão e com o apoio do colega
presidente americano, Bill Clinton, conseguiu uma injeção de dólares do FMI,
que aliviou as agruras imediatas.
Na condição de devedores e falidos, tínhamos
mesmo que nos submeter às exigências do Fundo, que organiza tudo para que a
elite financeira da agiotagem primeiro mundista, tenha assegurados os seus
créditos.
A turma do FMI vai imiscuir-se principalmente
nos estados onde os cofres esvaziaram-se. Enquanto isso, fica suspensa a
esperança da chegada de grandes investimentos estrangeiros ao Brasil.
Ninguém
virá investir num país onde a maioria dos integrantes da federação não consegue,
sequer, honrar o pagamento da folha dos servidores e uma parte considerável da
elite empresarial e politica está vendo o sol nascer quadrado. Por isso, nessa
semana que começa, governadores irão ouvir em Brasília um discurso mais
acessível aos seus pedidos de ajuda.
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