O VELHO CHICO
E A SUA AGONIA
A novela Velho Chico está projetando o
drama do portentoso curso d`água que foi chamado por Capistrano de ¨rio da
integração nacional .¨ Hoje, o Velho Chico não ajuda nem mais a integrar o
nordeste, porque o uso das suas águas transformou-se numa grande controvérsia
que dividiu os nordestinos. Mas, o que une a todos é a consciência de que o rio
está mesmo morrendo, e precisa ser salvo.
Em Aracaju, todas as semanas, reúnem-se
na DESO gestores de diversos órgãos que discutem alternativas e
acompanham a execução de projetos hídricos. O drama do Velho Chico sempre está
em pauta. Na última dessas reuniões foram analisadas as providencias
anunciadas, ou em curso, e chegou-se à conclusão de que as medidas são tímidas
e sem capacidade para corresponder ao tamanho do problema.
O engenheiro Ailton Rocha especialista
em recursos hídricos, ou seja, o ¨homem da água ¨, fez referência ao
embrião de um projeto que estaria em analise. Seria a construção de um dique,
um semi-círculo de pedra e cimento na foz do rio, entre Sergipe e Alagoas, para
represar as aguas no trecho baixo, regularizar a vasão e impedir que o mar
avance, como já está acontecendo. Com a redução da vasão para 700 m³/ s
como já está previsto, a água salgada poderá avançar mais ainda, inviabilizando
o perímetro irrigado de Neópolis e impedindo a captação de água para cidades
sergipanas e alagoanas. Aracaju também estaria ameaçada. Parece agora que o
dique seria a única solução.
Jackson Barreto e Renan Filho poderiam,
juntos, analisar a viabilidade do projeto.
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