UMA FESTA PARA O HOMEM DE 100 ANOS
José Amado fez 100 anos. Fundador do Tribunal de Contas
naquela primeira fornada de nomes exemplares que Lourival Baptista nomeou ao
criar a Corte, Amado viveu a festa do centenário na sede do Tribunal. José
Amado é um dos grandes intelectuais de Sergipe, Mestre do Direito, das Ciências
Contábeis, filósofo, jornalista, professor, poeta, escritor e um monge sem
batina, refugiado na sua fé com a humildade e simplicidade dos que se entregam
à devoção plena.
A festa foi cuidadosamente organizada pelo conselheiro presidente
Clóvis Barbosa, que a fez no espaço Carlos Aires de Britto, seguindo a tradição
das sexta culturais iniciada pelo conselheiro Carlos Pinna. Clovis, sempre
incisivo, lembrou e lamentou que Sergipe não saiba cultuar sua História nem
exaltar seus vultos ilustres, comportamento tão diferente dos baianos, que não
se cansam de comemorar efusivamente suas datas, de exaltar a tantos, inclusive
a corrigir dívidas que temos em relação a sergipanos ilustres que viveram na
Bahia. Houve música, um vídeo documentário elaborado com a sensibilidade e
técnica de Pascoal Maynard, o lançamento do livro reunindo obras de José Amado,
organizado pelo prolífico escritor e pesquisador Gilfrancisco e pelo jornalista
Marcos Cardoso. No vídeo, um depoimento do jornalista José Eugênio, quase
centenário também. Ele disse ter jogado bola com José Amado que pensou até em
profissionalizar-se.
Nessa segunda-feira a comemoração prossegue. Será na ASL. Amado é o decano dos acadêmicos e o presidente,
Anderson Nascimento, está convidando para a sessão especial os intelectuais e
amigos do cidadão centenário. O acadêmico, jornalista e escritor João Oliva,
falará sobre José Amado e a literatura sergipana.
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