O MARQUETEIRO PATINHA
Na mesma linha de criatividade que celebrizou marqueteiros baianos, o agora preso João
Santana, difere de alguns conterrâneos como Duda Mendonça , que é essencialmente publicitário, e nas horas vagas cultiva hábitos um tanto
selvagens, como a briga de emplumados
gladiadores que se estraçalham nas rinhas. J Santana foi sempre jornalista . Tempos
depois do batente nas redações do Jornal da Bahia, nas sucursais soteropolitana
e brasiliense da hoje decrépita revista Veja, é que enveredou pelo espaço
publicitário, e logo tornou-se marqueteiro consagrado, artífice de vitórias do
PT e da consolidação da imagem de Lula da Silva. O historiador
baiano-sergipense, Gilfrancisco, pesquisador que desbrava os baús da nossa
História, conviveu com ele nas intermináveis tertúlias litero-etílicas da
Bahia, e guarda a imagem do poeta, do
compositor de sucesso, conhecido como
Patinha, e que é famoso, com musicas
suas gravadas por Morais Moreira, Amelinha, Grupo Bendengó, Diana Pequeno,
entre outros. Gilfrancisco cita algumas músicas do Patinha : Forró do ABC, Eu e
Você, Sinal de Amor e Perigo.
Patinha, o intelectual consistente, ao virar marqueteiro
proficiente, poderá se ter transformado
em argentário impaciente. O que seria uma pena.
Mas, convenhamos,
aqueles policiais federais exibindo metralhadoras e rodeando Patinha e sua mulher, que chegavam
ao aeroporto, foi cenário midiático excessivo e
desnecessária exaltação da força. Desnecessária até, teria sido a prisão
do Patinha, que cancelou um milionário
contrato com um candidato a presidente na República Dominicana, e veio, junto
com a mulher, para apresentar-se às
autoridades brasileiras. Com uma simples intimação, ele teria comparecido sem o
acompanhamento do séquito armado, diante do juiz e dos procuradores da infindável
operação de caça a específicos corruptos.
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