OS REJEITOS QUE
A VALE DESPREZA
Por que falar da Samarco, a mineradora irresponsável que
jogou lama sobre uma parte do Brasil ?
A Samarco é somente um tentáculo da VALE a grande empresa
multinacional que nem mais parece brasileira, tal o seu desprezo ao país onde
ainda tem sede. Mas apesar da insensibilidade
indiferente do seu arrogante e um tanto cínico poderoso presidente, Murilo
Ferreira, a VALE precisa ser responsabilizada, e também manter-se operacionalmente ativa, e isso se aplica
também às grandes empresas de construção cujos dirigentes foram parar na
cadeia. São empresas que além de grandes empregadoras, geram imensos impostos e
têm um longo know – how de experiências acumuladas, algo insubstituível. No
caso da VALE, além das indenizações indispensáveis, do compromisso em recuperar
o gigantesco dano ambiental, seria essencial a permanência das atividades de
mineração . Há meios, há tecnologias disponíveis, para que se evite o acumulo
da lama, no caso de Mariana, com o agravante de ficarem as barragens sobre uma
serra que é um divisor de águas. A lama pode ser usada em cerâmica, entre outras
atividades. Com ela poder-se-ia produzir blocos, manilhas, tubos, pisos , e o rejeito não ficaria acumulado nas
alturas de forma sempre ameaçadora. O terreno revolvido pela mineração e depois
desertificado, pode ser recuperado. Na Austrália, na Europa, nos Estados Unidos, em países onde a VALE opera,
esses procedimentos são adotados. As
Agencias, os órgãos ambientais, o Ministério Público, foram omissos ou
condescendentes, e a VALE, sempre fez o que quis. Aqui em Sergipe a VALE há mais de
trinta anos despeja no mar os rejeitos da mina de potássio Taquarí-
Vassouras. Os sais poderiam ser aproveitados por indústrias químicas,
principalmente o cloreto de sódio, mas a
VALE nunca se preocupou com isso,
preferindo a alternativa mais fácil e barata, todavia poluente e anti-social.
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