sábado, 24 de outubro de 2015

O DRAMA DO BRASIL E A PALHAÇADA DA POLÍTICA

              O DRAMA DO BRASIL E A
              PALHAÇADA DA POLÍTICA
           Na Síria devastada por uma guerra civil que já ultrapassa os quatro anos morreram, até agora, algo em torno de 200 mil pessoas. É bom lembrar que na Síria os combatentes locais se exterminam, usando   e no cenário dos combates estão  as mais sofisticadas tecnologias bélicas  que países militarmente poderosos exibem para demonstrar sua capacidade de provocar a morte.
Aqui no Brasil onde supostamente vivemos em paz, as cifras aterradoras de assassinatos nos levam para muito perto da letalidade dos combates em larga escala na Síria. Se somarmos  à essas mortes  causadas por tiros, facadas, pauladas,  aquelas   resultantes do trânsito bestializado, que é outro lado da nossa face igualmente violenta, o Brasil largamente ultrapassa a Síria nesse ofício horripilante de amontoar cadáveres.
Já não existem mais vagas nas cadeias, e os cemitérios estão igualmente superlotados.
Nossas leis, nosso sistema penal se equiparam  na ineficiência. Nossas escolas há muito tempo deixaram de formar cidadãos.
Bastaria esse quadro específico da violência crescente ao lado  da desconstrução da cidadania  acelerada pelo colapso da educação, para colocar diante dos nossos políticos a imagem aterradora de um país soterrado pelo presente e incapaz de enxergar o futuro, e que precisa deles, os políticos, para que nos livremos do desastre inevitável diante dessa paralisia criminosa.
Os números  da economia são decepcionantes,   o pessimismo  toma conta de tudo,e os brasileiros  desesperançados esperam, pelo menos  um mínimo de sensatez se agasalhe  nas cabeças daqueles que transitam pelos corredores do Congresso Nacional, buscando as luzes dos holofotes  ou delas se escondendo.  Eles deveriam ter procurado cobrir com um manto de responsabilidade   a nudez vergonhosamente impudica da indiferença , dissimulação , engodo, e  aquela avidez para transformar o   público em privado.

 A política brasileira diante do momento desafiante que vivemos não consegue ir além da  palhaçada trágica que estamos a assistir.

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