O DRAMA
DO BRASIL E A
PALHAÇADA
DA POLÍTICA
Na Síria
devastada por uma guerra civil que já ultrapassa os quatro anos morreram, até
agora, algo em torno de 200 mil pessoas. É bom lembrar que na Síria os
combatentes locais se exterminam, usando
e no cenário dos combates estão
as mais sofisticadas tecnologias bélicas
que países militarmente poderosos exibem para demonstrar sua capacidade
de provocar a morte.
Aqui no Brasil onde supostamente vivemos em paz, as cifras
aterradoras de assassinatos nos levam para muito perto da letalidade dos
combates em larga escala na Síria. Se somarmos
à essas mortes causadas por
tiros, facadas, pauladas, aquelas resultantes
do trânsito bestializado, que é outro lado da nossa face igualmente violenta, o
Brasil largamente ultrapassa a Síria nesse ofício horripilante de amontoar
cadáveres.
Já não existem mais vagas nas cadeias, e os cemitérios estão
igualmente superlotados.
Nossas leis, nosso sistema penal se equiparam na ineficiência. Nossas escolas há muito
tempo deixaram de formar cidadãos.
Bastaria esse quadro específico da violência crescente ao
lado da desconstrução da cidadania acelerada pelo colapso da educação, para
colocar diante dos nossos políticos a imagem aterradora de um país soterrado
pelo presente e incapaz de enxergar o futuro, e que precisa deles, os
políticos, para que nos livremos do desastre inevitável diante dessa paralisia
criminosa.
Os números da economia
são decepcionantes, o pessimismo toma conta de tudo,e os brasileiros desesperançados esperam, pelo menos um mínimo de sensatez se agasalhe nas cabeças daqueles que transitam pelos
corredores do Congresso Nacional, buscando as luzes dos holofotes ou delas se escondendo. Eles deveriam ter procurado cobrir com um
manto de responsabilidade a nudez vergonhosamente impudica da
indiferença , dissimulação , engodo, e aquela avidez para transformar o público em privado.
A política brasileira
diante do momento desafiante que vivemos não consegue ir além da palhaçada trágica que estamos a assistir.
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