DILMA ,
A LUZ NO FIM DO
TÚNEL OU O CAPÍTULO FINAL
No interior baiano a
presidente Dilma numa das suas falas confusas , disse
que já estava ¨ avistando a luz no fim do túnel ¨. Faltou, na
ocasião, um desses gaiatos esbanjando presença de espírito e humor para
adverti – la : ¨ Cuidado presidenta deve ser o trem .¨
Enquanto
a presidente se fazia vidente ( ou seria videnta ?) prevendo a luz
a clarear o túnel escuro em que se meteu e nos meteu com ela, no mundo real,
que desafia a sua vidência e capacidade intelectiva, há o prenuncio
do desastre. Em vez de luz no fim do túnel, é o trem
que avança rápido, resfolegante e ameaçador. Entre o equívoco
da alentadora luz e a realidade concreta do trem esmagador se
aproximando , céus e terras conspiraram para complicar a presidente, e demolir
a esperança de uma próxima saída para a avassaladora crise que nos castiga.
Dilma, todavia, não é culpada
sozinha. No meio desse canibalismo em que todos se entredevoram, incitados pela
gula insaciável , o interesse público está absolutamente ausente. Vivemos
o festim da pusilanimidade, onde a cupidez se mistura ao ódio, e a incompetência
junta-se ao desprezo pelo Brasil. Dilma parece isenta daquele
defeito maior que é a sofreguidão pelo dinheiro público. Já o Eduardo
Cunha,
é aquele contra quem
surgem provas irrefutáveis: os extratos das
contas no banco suiço , a sua assinatura , e ele , sentado na
poltrona da presidência da Câmara , jurou não tê-las. Trata-se de um mafioso
perdulário. Como revela a movimentação bancária,
torrou 800 mil dólares no exterior com a sua felicíssima
esposa, ex-global. 60 mil dólares só numa academia de tênis
em Miami. Cunha, político, como se vê, muito preocupado com a sorte do
povo, tem, declarado à Receita Federal, patrimônio de 1 milhão de
reais.
Na
visão deformada de Aécio Neves, Cunha,
chantagista, farsante, irresponsável e mentiroso,
pode permanecer deputado , apenas, renunciando à presidência, mas
Dilma, contra quem não existe nenhuma prova concreta de desonestidade, deve ser
objeto de um impeachment, ou, de preferência, a cassação da chapa, onde
figura o vice, para que ele, Aécio, assuma a presidência. O dinheiro
suspeito que o partido de Dilma recebeu , ano passado, em outro
mandato, proveio das mesmas fontes que também abasteceram a candidatura
de Aécio. São contradições que desqualificam acusadores, e demonstram a
insensatez e o cinismo de quase todos eles.
Enquanto isso, a
economia desaba, o desemprego aumenta, empresas começam a falir, a fome bate à
porta de quem já havia deixado de senti-la.
Aécio quer ser a todo
custo presidente, Dilma se torna incapaz de continuar governando,
os políticos dançam, quase todos, na balada de escândalos em que se
transformou a política brasileira.
Revela o Banco Mundial que,
entre 2012 e 14, a miséria extrema no Brasil caiu de 12 % para 9 %. É
avanço que talvez tenha sido conseguido com o dinheiro da ¨pedalada ¨
que garantiu programas sociais.
Mas Dilma, absolutamente
inábil, destituída de qualquer carisma, vítima dos
conseqüências do assalto dos ¨companheiros ¨, e outros aliados, e
de tantos erros cometidos, perdeu apoio popular, e não enxerga as
¨sutilezas ¨ da política e do Poder. Com Dilma a crise se espichará
indefinidamente , e seus efeitos recairão duramente
sobre os brasileiros.
É injusto sugerir que a
presidente renuncie, enquanto permanecerá a cafajestada que invadiu a política
brasileira. Diante do clima tempestuoso e hostil, a saída voluntária de
Dilma não seria solução , todavia, poderia aliviar as tensões dessa
crise, cujo desdobramento com ela, é imprevisível.
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