sábado, 26 de setembro de 2015

VAMOS TER LUCRO COM O DÓLAR NAS ALTURAS



VAMOS TER LUCRO COM
O DÓLAR NAS ALTURAS
A Europa está  literalmente entupida de turistas. Visitar em Paris o Museu do Louvre é uma cansativa jornada em meio a uma multidão que se atropela,  em frente à Mona Lisa forma uma barreira, tão compacta, como a que fazem os  jogadores de rugby.  Andar pelas vielas, ruas ou praças de Veneza, é quase uma corrida de obstáculos.
No Estoril,  que já foi um  balneário quase sossegado, não há, no verão, um centímetro de praia disponível. O mesmo acontece em todas as mais famosas praias européias.
Este ano quase um  bilhão de turistas estarão desembarcando em algum lugar do planeta. Deles, mais da metade na Europa, e destes, metade somente na França,  Espanha, Itália, Alemanha e Inglaterra. Compreende-se, assim, porque entre os habitantes de Barcelona, Veneza, Madrid, Paris, Roma, já existam muitos insatisfeitos   que exigem das autoridades medidas para limitar o fluxo de turistas.
A Torre Eiffel será visitada este ano por mais de 7 milhões de turistas, número aproximado ao total dos que chegam ao Brasil.
 Até o afundar nesse buraco cavado pela incompetência misturada com imprevidência e miopia política, os brasileiros estavam entre os mais numerosos turistas e ávidos consumidores, preferentemente na Flórida e em Nova Iorque. Agora, tudo acabou, o dólar subiu à alturas inalcançáveis, e o euro pior ainda. A farra foi grande, e dela restou o amargo desalento de hoje. Estávamos na trilha  dos chineses, que torraram no exterior, ano passado,cem bilhões de dólares, ou seja, metade do superávit da sua vistosa balança comercial.
Para o brasileiro viajar ao exterior ficou muito difícil, mas, para  chineses, europeus, americanos, japoneses, vir ao Brasil torna-se fácil, e seria, também, extremamente atrativo, caso não estivéssemos a mostrar ao mundo  coisas deploráveis, como os arrastões nas  praias do Rio. Mas, por outro lado, aqui não há terrorismo,   conflitos étnicos ou religiosos ( pelo menos por enquanto ) essas coisas das quais o mundo anda repleto.
 Seria agora, então, o momento exato para  que empresários e o poder público  colocassem nas suas agendas o assunto turismo.  Aos empresários, caberia a ampliação urgente dos equipamentos turísticos. Diante do governo  há o desafio de oferecer segurança, cidades limpas, estradas, pelo menos sem buracos, e, todos juntos, contribuindo para que se crie uma mentalidade turística, capaz de evitar, por exemplo, que nos nossos bares e restaurantes,  e locais públicos, os banheiros estejam imundos, além das lixeiras,   atulhadas e tão visíveis,  as praias poluídas, os rios nojentos.
Não é tarefa fácil, mas, se resolvermos enfrentá-la,  ¨aliviaremos ¨ os europeus do ônus para eles   insuportável da invasão de turistas.
O turismo interno vai crescer vigorosamente, aliás já está crescendo, e por aqui temos de nos cuidar. Na questão segurança não andamos tão mal.  Temos carência    de equipamentos  turísticos em Aracaju, também no outro nosso segundo maior destino, que é Canindé.  A crise    desencoraja, mas, as oportunidades que surgem,  aproveitadas a tempo, ajudarão a sair dela mais rapidamente.

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