sábado, 28 de março de 2015

LUCIANO BISPO E O FIM DAS SUBVENÇÕES



LUCIANO BISPO E O
 FIM DAS SUBVENÇÕES
 A vistosa verba  com  a qual os deputados se presentearam para fazer política social direta,  acabou, como se previa, em muitas dores de cabeça. As ações  movidas em conjunto pelo Ministério Público Federal  e estadual, chegando à Justiça , vão tirar, por muito tempo, o sono tranqüilo dos deputados reeleitos, e de duas ex-deputadas agora conselheiras. Diante de uma improvável, todavia possível  saraivada de punições, alcançando mais de  dois terços da Assembléia, recomendava o bom senso que se desse fim, rápida e decididamente, ao discutível ¨direito¨  do uso, entendido como  abuso,   de um milhão e meio de reais.    O   MPF apontou erros, inúmeros e graves. Com culpas ou sem culpas, era  necessário que se fizesse um gesto em direção ao que   recomendaram, tanto o Ministério Público como o Tribunal de Contas.
 Ressalta nisso tudo a imensa hipocrisia daquela exigência da prestação de contas dos recursos utilizados nas campanhas eleitorais, quando se sabe que cada vez mais o voto se torna objeto de negócio, e para obtê-lo é preciso gastar o que se tem e o que  se obtém , seja entre os ávidos agiotas que ficam  a bater às portas dos  eleitos,  e, principalmente, dos não eleitos; seja por qualquer outra forma possível. Essa é  a face horrorosa da nossa democracia, que nenhuma maquiagem de inócua legislação tem, até agora, contribuído para torná-la menos    feia.
 Numa hora difícil, num momento  delicado,  o presidente Luciano Bispo, com aquele jeito de itabaianense tímido, que sabe negociar e convencer,  foi ao cerne da questão, que consistia, basicamente, em reconhecer o erro das subvenções  e nelas por um fim. Conversou longamente com todos os envolvidos no problema, conseguiu vencer as resistências  demonstrando que era necessário aplacar a indignação causada pelas denuncias, satisfazer aos órgãos fiscalizadores e à opinião pública. E assim foi feito. Restam agora nos cofres do Legislativo  os 36 milhões. Pensou-se, inicialmente, em destiná-lo a um novo prédio para a Assembléia, entende-se  agora que  melhor seria atender às agruras maiores, destinando a bela quantia para o  Hospital do Câncer, e a  obras essenciais, como um novo IML, ou o projetado Centro de Referencia para Portadores de Necessidades Especiais. Com a habilidade que tem para tratar com problemas difíceis, como já ficou constatado, Luciano  poderá formar um consenso em relação à aplicação da dinheirama.   

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