RETRATO DE UMA CAMPANHA
Um candidato a deputado federal
transportou para Canindé a bela quantia de 200 mil reais, em espécie, para ser entregue a uma liderança local em troca de algo próximo a mil votos. A liderança que
recebeu o pacotaço de dinheiro daria uma
parte dele a uma liderança menor, que
teria embolsado a grana, mas diz que
não a recebeu, e está livre para arranjar votos para outro candidato. Já está sendo chamado de ladrão pela
liderança de maior porte a quem foi confiada a bolada. Enquanto o sangangu não
se resolve os envolvidos na trapalhada estão recebendo cobranças do candidato
que deu o dinheiro e quer os votos pelos quais pagou. E o eleitor, coitado,
nunca adquire consciência política e vai sendo ludibriado com as migalhas que
sobram do festim dos ricos que se
transformam em políticos, e dos seus
cabos eleitorais, malandros , que lucram à custa da vulnerabilidade do povo
causada pela pobreza e pela desinformação. Numa democracia assim, capenga como
a nossa, na qual o poder econômico tudo
decide, cria-se o espaço enorme onde prosperam os políticos fabricados, que, eleitos, irão
servir a interesses particulares.
Nenhum comentário:
Postar um comentário