domingo, 22 de dezembro de 2013

O PROJETO CARNALITA E O SENADOR CALADINHO


O PROJETO CARNALITA E

O SENADOR CALADINHO

A não ser para falar sobre o que teima em chamar de caos, desastre administrativo, que antes era atribuído a Déda, agora a Jackson, pouco se ouve o senador Amorim abordando temas que efetivamente interessem ao Estado, e não somente aos seus objetivos eleitorais obsessivamente perseguidos.  Nisso, ele corresponde perfeitamente às expectativas do irmão, seu criador e guia político, Edivan Amorim. Houve aquela grande oportunidade perdida no Senado Federal, quando, numa comissão da qual o senador Amorim faz parte, um secretário de minas amazonense fazia uma bem articulada exposição sobre o potencial das jazidas de sais minerais existentes por baixo da imensa floresta que recobre o estado. O problema era colocado como se não houvesse no Brasil uma mina de potássio localizada em Sergipe, e não houvesse também em Sergipe e pronto para ser iniciado o Projeto Carnalita,  que em 3 anos poderá ampliar consideravelmente a oferta de potássio,  unicamente suprida pela mina sergipana de Taquarí- Vassouras com a exploração da silvinita.  Calado, perdeu o senador Amorim a oportunidade de fazer a defesa imediata do nosso projeto, que em nada conflita com o amazonense, porque o país importa  a maior parte do potássio que consome. Os marqueteiros, seguindo a estratégia de que quanto pior para Sergipe será melhor para a candidatura dos Amorim, orientariam o senador a não tocar em nada  que possa ser traduzido como positivo para Sergipe.  Tudo para que  não se ponha camarão na empada do governador Jackson Barreto. A  mesquinha estratégia, como se vê agora, não está produzindo bons resultados, e a tentativa de desqualificar Jackson como administrador se mostrou até desastrada, em face do ritmo  de trabalho, da capacidade de articulação e de gestão que o ex-prefeito de Aracaju demonstra, desde a interinidade,  e mais ainda, agora, como governador efetivo em face da tragédia que foi a morte de Marcelo Déda. A avaliação positiva de Jackson cresce, e em face disso, restaria aos Amorim intensificar a campanha de negativismo, e demolição da autoestima dos sergipanos .

Agora, surge um problema criado pelo prefeito de Capela, homem merecendo absoluta confiança de Edivan Amorim,  que o ajudou a eleger-se, e a confiança é tanta que indicou representantes seus para os principais cargos da prefeitura, procedimento aliás repetido em todas as prefeituras que conquistou. A palavra conquista aqui é a mais apropriada.  Ezequiel Leite, o prefeito, aciona a empresa Vale na Justiça. Contesta a decisão da mineradora em instalar  no municipio de Japaratuba a sede do Projeto Carnalita. Trata-se de decisão técnica adotada pela hoje segunda ou terceira maior mineradora do mundo, e revertê-la, seria criar problemas que, no mínimo, atrasariam, ou até, na pior das hipóteses, inviabilizariam o projeto que prevê investimentos chegando aos  4 bilhões de dólares. Algo  portentoso e raro até mesmo para São Paulo, quanto mais para o pobretão Sergipe.

   Hélio Sobral, prefeito de Japaratuba, já  sugeriu a Ezequiel Leite várias alternativas para que o problema seja resolvido amigavelmente , inclusive com a repartição meio a meio dos impostos gerados pela exploração da carnalita. Mas o prefeito de Capela permanece irredutível.

Sergipe está sendo prejudicado em consequência dessa teimosia injustificável do prefeito capelense, mas isso não parece sensibilizar o senador Amorim, que permanece calado, caladinho, sempre obediente às determinações do seu irmão e líder Edivan Amorim, que confia cegamente na estratégia de  prejudicar  Sergipe , desde que isso possa resultar em possíveis desgastes para Jackson Barreto.

Mas o feitiço  está virando contra o feiticeiro, como as pesquisas já demonstram.

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