segunda-feira, 26 de agosto de 2013

NUM PAÍS SEM MÉDICOS SOBRA CORPORATIVISMO



NUM PAÍS SEM MÉDICOS
SOBRA  CORPORATIVISMO

Faltam médicos no Brasil. Nem é preciso recorrer a dados estatísticos para que fique demonstrada a carência, sentida e sofrida por quem vive em áreas rurais, ou em pequenas cidades. Os médicos têm preferencia pelos grandes centros.  

Para irem aonde os médicos brasileiros não querem ir, estão chegando médicos estrangeiros, de Portugal, da  Espanha. Só de Cuba serão 4 mil. Irão para as selvas encharcadas da  amazônia, para as caatingas ressequidas do nordeste, áreas inóspitas, destituídas de conforto, de infraestrutura, mas, nessas áreas vivem seres humanos que precisam ser tratados como tal. O corporativismo que existe em todas as profissões, e até num certo nível, deve ser entendido como útil, no caso dos médicos é bem mais forte. Agora, as entidades médicas se insurgem contra a entrada de médicos estrangeiros no mercado que era reserva exclusiva dos nacionais. A questão a ser analisada é que os estrangeiros não estão tirando emprego de ninguém,  e irão atender às populações condenadas a viver  tendo de recorrer aos préstimos nunca negados de curandeiros e rezadores.
No Jornal da Globo, de quarta-feira, dia 21, o apresentador William Waack, que é culto e cosmopolita, mas não sabe por onde anda o Brasil real, dizia, indignado, que o governo brasileiro estava cometendo a indignidade de financiar a ditadura cubana, porque o salário de 10 mil reais será pago ao governo cubano que  dele repassará uma parcela ao  profissional, dentro das normas  de igualdade salarial adotadas pelo regime socialista, onde não existe um abismo entre o menor e o maior salário, como aqui entre nós . Isso é problema deles, dos cubanos, e a nós o que deve interessar é o abandono em que se encontram milhões de brasileiros que necessitam de um médico para lhes atender, prescrever um medicamento, aliviar suas dores, curar uma ferida, e para que isso seja feito não são necessárias grandes instalações. O que não se pode dispensar é o médico, mas isso, o corporativismo  que se transforma em indiferença ao sofrimento alheio, (coisa inadmissível em um médico )  agora tenta impedir.

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