segunda-feira, 26 de agosto de 2013

JACKSON, UM INTERINO DESAFIADO A GOVERNAR



JACKSON,  UM INTERINO
DESAFIADO A GOVERNAR
A interinidade de Jackson já se estende, ininterruptamente, por 4 meses. É espaço de tempo suficiente para que ocorram mudanças substanciais. E nesse período tivemos o impacto do povo descobrindo a democracia das ruas, o agravamento dos sintomas de uma crise econômica que alguns analistas já admitem como muito difícil de ser contornada.  Despencaram os repasses federais para os estados  e municípios depois das isenções concedidas pelo governo federal, para  dar folego a setores industriais  maiores geradores de emprego.
 Um contraponto entre cofres secando e  exigências sociais crescendo, pode formar o pior dos desafios para um governante. E é exatamente esse, o desafio que agora enfrenta Jackson Barreto,    desafio  que se torna  ainda mais complexo e delicado em virtude das circunstancias que o fizeram ocupar o governo.  As notícias sobre a recuperação do governador Marcelo Déda após a cirurgia são animadoras, mas não se poderá, responsavelmente, fixar uma data para o retorno de Déda ao governo.
  Sobre Jackson recaem as pressões  dos servidores públicos exigindo reajustes salariais, enquanto  a segurança pública  caminha para a exaustão, caso não haja concurso e sejam contratados mais policiais. Há necessidade de professores nas escolas, de médicos nos hospitais. O governo não conseguiu ainda montar uma sólida base de apoio no Legislativo . Quando Jackson   finalizava sensíveis entendimentos,  que exigiam visão  de futuro e compreensão política da realidade, surgiram  atritos pré-fabricados, que tornaram ainda mais complicada a tarefa. Coisas assim acontecem quando se  enxerga a interinidade como um freio para impedir decisões.
Com a responsabilidade que tem involuntariamente agora sobre os ombros, Jackson  sabe que  deverá tomar  as decisões que a realidade exige. Seja curta ou longa a interinidade.
É preciso injetar oxigênio  revitalizador   numa máquina administrativa em alguns setores emperrada,  porque é impossível manter um governo em compasso de espera.  A  sociedade sergipana que acompanha há tanto tempo o drama pessoal  do governador Marcelo Déda,  começará a fazer graves cobranças, caso as questões políticas não sejam adiadas para o seu devido tempo, e se confira prioridade absoluta aos problemas administrativos.  Todos os setores políticos que formam o governo não podem ficar alheios a um sentimento coletivo, e  precisam se comportar de acordo com a gravidade  que o momento   impõe: Sergipe primeiro, ambições pessoais ou de grupos bem depois.   Questões miúdas, intrigas paroquiais, são  agora um desserviço a  Sergipe,  mais grave do que poderia ser  em outros momentos.
Para não trair a confiança dos sergipanos, para não ser desleal a um projeto nascido e mantido sob a inspiração e a liderança do governador Marcelo Déda, Jackson terá, em face das circunstancias,    de ser um interino governando  plenamente.
Há um quadro que se desenha favorável para Sergipe no decorrer do próximo ano. Um  estimulante aporte de recursos oriundos do Proinveste, aprovado após um civilizado entendimento construído com muita tenacidade pelo governador Marcelo Déda; há  fluxo de outros recursos,  o começo da instalação de novos e importantes empreendimentos que mudarão as características da economia sergipana. Diante disso a máquina administrativa terá de andar com celeridade, com entusiasmo e otimismo. A preparação para essa nova etapa da vida sergipana terá de começar agora, sem delongas que poderão comprometer o nosso futuro.

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