AINDA AS
FEIRAS LIVRES E OS CHARUTOS DE FIDEL
Com o título acima, ao qual, pela recorrência
do tema agora acrescentamos a palavra
¨ainda¨, aqui fizemos, no último
domingo, comentário sobre a iniciativa
do Ministério Público logo seguida pela
Prefeitura de Aracaju, no sentido de criar normas, regulamentando as Feiras
Livres na cidade. Não restam dúvidas de
que cabe ao poder público exigir, nessas feiras, práticas de higiene. Comercializam-se ali produtos alimentícios.
Dito
isto, as discordâncias acabariam, não fosse a forma como o problema fora
inicialmente tratado. Em consequência,
gerou-se entre os feirantes um clima de medo, e na população o desacordo com
medidas usual e necessariamente adotadas, e que não ultrapassariam o espaço da
rotina, bastando para isso que tranquilamente fossem postas em prática, sem,
por exemplo, a intimidadora fixação de prazos e imediatas exigências, que surgem como
requisitos difíceis de atender por microempresários, boa parte deles
operando na informalidade, e talvez por isso conseguindo sobreviver.
Registramos,
no comentário, a participação do Secretário da Comunicação da Prefeitura de
Aracaju, Carlos Batalha, que declarou ter orientado sua família para não
frequentar feiras livres, assinalando que a afirmação de Batalha não fora das
mais felizes.
Atento ao
seu oficio, como devem ser todos os que lidam com o sensível material da
opinião pública, Batalha enviou ao escrevinhador, e-mail que transcrevemos:
¨Como
faço costumeiramente aos domingos, leio sua coluna. No último domingo lí o
artigo com o título ¨As feiras livres e
os charutos de Fidel ¨, onde o amigo faz considerações sobre o trabalho que
desempenho à frente da SECOM do município, e comenta uma colocação feita por
mim em uma emissora de rádio.
Quero
agradecer as palavras elogiosas que o amigo fez com relação ao trabalho que é
desempenhado à frente da Secom, bem como
esclarecer a colocação sobre a recomendação feita para que a minha
família não compre nada nas feiras livres. Luiz, talvez a colocação não tenha
soado bem e tenha causado surpresa.
Quando fiz a afirmativa, faltou acrescentar que a recomendação era para não comprar
em feiras que não possuem as mínimas condições
de higiene, com esgotos a céu aberto,
com carnes expostas ao tempo, e assim por diante. Amigo, há algum tempo
quase perdi uma pessoa muito querida na família por haver contraído
leptospirose na feira da Coroa do Meio, bem próximo a nossa casa.
Não sou
contra feiras livres, nem mercados setoriais. Quando vou a São Paulo por exemplo, almoço religiosamente no mercadão
da cidade paulista. Só que no mercado de lá
se enxerga a diferença. Sou a favor da regulamentação e da total
higienização das feiras, para a nossa proteção e a própria proteção dos
comerciantes.
Obrigado
pela atenção e sempre a disposição do grande amigo e do profissional que você
é.
Abraços,
Carlos Batalha
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