sábado, 8 de junho de 2013

EUFORIA E DESALENTO



EUFORIA E DESALENTO
Depois da euforia com as chuvas que chegaram, sobreveio o desalento. Muito se plantou, mas na maior parte do semiárido a interrupção da invernada que parecia auspiciosa, ameaça   a continuação do plantio, enquanto o que já foi plantado está bem próximo de ser totalmente perdido caso as chuvas não voltem nos próximos dias. Para completar as desditas de quem  não perde a disposição para continuar plantando, apesar da hostilidade do clima, chegou uma arrasadora praga de lagartas, e milharais e capineiras  que apenas despontavam, foram inteiramente dizimados.  Isso sempre acontece quando as chuvas chegam e depois vem o veranico, mas, dessa vez, dizem os agricultores, a coisa foi bem pior. Nuvens escuras têm aparecido nos céus do sertão, mas a chuva hesitante até a manhã de ontem não havia decidido cair.
 Enquanto isso, os bancos e o próprio governo continuam cobrando avidamente as dividas do infeliz produtor do semiárido nordestino.

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