O ARACAJUANO VAI ANDAR A PÉ
O
ARACAJUANO VAI ANDAR A PÉ
A
crise no sistema de transportes da Grande Aracaju é coisa séria. Nos últimos dez
dias foram mais de oitenta ônibus retirados de circulação, arrestados para o
pagamento de dívidas bancárias, ou
recolhidos pela Polícia Rodoviária por falta de documentação. Não há solução à vista para a crise que
poderá degringolar até o colapso total de algumas empresas. A frota existente, ainda circulando, não dispõe de reservas suficientes para a
substituição dos ônibus retirados compulsoriamente.
Com
algumas dessas empresas operando no limite, uma espécie de corda bamba que tem
de um lado a falência. do outro a
concordata, não existe a perspectiva de normalização sem que outras empresas
sejam convocadas, e entrem imediatamente
em cena. O aracajuano já está sendo
forçado a andar a pé, se não puder recorrer à bicicleta ou ao impraticável uso
diário do taxi, fora do alcance da maioria dos bolsos. O táxi-lotação tem sido
um paliativo, e aumenta a cada dia o numero de clandestinos operando e parando
em frente aos pontos de embarque, sempre atulhados de pessoas resignadas diante
da inevitabilidade das longas esperas.
O SETRANSP recolhe a receita geral e a
redistribui equitativamente entre todos. Com menos ônibus e consequentemente
menos passageiros, o dinheiro diminui e
o caixa de todas as empresas vai sendo reduzido. Levando-se em conta que a frota continuará sendo desfalcada pelos
arrestos, não há luz no fim do túnel.
O
prefeito João Alves já estaria em busca de empresas de outros estados com
capacidade para colocar circulando em Aracaju, a curto prazo, pelo menos cem novos ônibus. Só
assim o colapso final será evitado.
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