sábado, 29 de dezembro de 2012

JOÃO E O PULO DO GATO




JOÃO  E O PULO DO GATO
 Suspeitava-se que João Alves estivesse fora de forma. Depois de perder duas eleições para Marcelo Déda, amargar seis anos ao desalento do poder distante, ultrapassando os 70 anos, havia quem apostasse que na política sergipana João se tornara uma  esquecida carta fora do baralho.  Dois anos depois da segunda derrota eleitoral João surgia vitorioso na capital, onde o eleitorado a ele antes se mostrara tão adverso, mas, em 2010 lhe teria dado o quarto mandato, não fora a soma de votos   garantidos a Marcelo  Déda, no interior,  que lhe asseguraram  a reeleição.
O sucesso em Aracaju encorajou os liderados de João para a disputa pela prefeitura da capital. João hesitou, mas  os resultados de pesquisas que veio a analisar  detida e metodicamente, o convenceram de que poderia tornar-se prefeito de Aracaju.
Assumindo a Prefeitura nesta semana, nas antecipadas articulações políticas que comandou, o novo prefeito  não deu sinais de estar defasado. Pelo contrário, revelou  todas as antigas artimanhas que fazem parte do seu fornido arsenal  de habilidades políticas.
No episódio da eleição da Mesa da Câmara, João mostrou-se João, ou  seja,  manobrou manobrou, negaceou, foi algumas vezes ríspido, em outras mais maneiroso do que nunca,  e acabou fazendo impor a sua vontade. O presidente será o vereador Vinicius Porto, ou seja,  o que ele intimamente já havia escolhido. É aquela estória do pulo do gato, uma habilidade única que a ninguém se revela.

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