sábado, 25 de agosto de 2012

AUGUSTO FRANCO UM DÍNAMO DO SEU TEMPO


AUGUSTO FRANCO UM DÍNAMO DO SEU TEMPO
Augusto Franco foi o homem público sergipano que mais fortemente marcou o seu tempo.  Jovem médico, quase não colocou em prática os seus conhecimentos especializados em oftalmologia. Montou consultório em Aracaju, mas, rápido foi levado a desativá-lo, convocado pela mãe, a matriarca  Dona Adélia, para ir administrar uma das empresas familiares que ia mal das pernas, a Fábrica de Tecidos São Gonçalo, em São Cristóvão.   Recém-casado com  Maria Virgínia, filha do médico e humanista Augusto Leite, nome venerado em Sergipe,  Augusto foi morar quase dentro da fábrica, em precárias instalações. Se  ao médico faltou tempo para revelar-se profissionalmente,  para o empresário,  apenas começava um desafio, dos muitos que ele enfrentou e venceu ao longo da vida. Estávamos em meados da década dos quarenta, começava a luta pela redemocratização,   e Augusto  Franco ao lado dos irmãos Zezé , Walter, e Manelito,  do amigo e colega de faculdade que ele convidara para vir clinicar em São Cristóvão,  Lourival Baptista,  estavam figurando entre os fundadores da União Democrática   Nacional , a UDN , de excelentes origens e trajetória nem tanto.  Augusto teve presença sempre marcante na política, mas nunca se decidiu a ser candidato, o que só viria a fazê-lo em 1966, quando  foi o deputado federal mais votado de Sergipe. Naquele período em que se acentuava a desnacionalização do patrimônio nacional através da política claramente antinacional posta em prática pelo governo Castello Branco,  causou surpresa e desagrado em alguns círculos mais ligados ao reacionarismo do golpe de 64, a plataforma nacionalista apresentada pelo candidato. Por esse tempo,  Augusto Franco já  formara o maior grupo econômico de Sergipe. De Jose Ermírio de Morais, ele certa vez ouviu: ¨Venha para São Paulo, aqui você logo estará entre os maiores empresários ¨.   Mas Augusto sempre investiu em Sergipe. O único empreendimento fora do estado foi a fábrica da Coca-Cola,  em Pernambuco.
Neste 4 de setembro Augusto Franco completaria 100 anos. O Instituto Augusto Franco, criado  pelo seu filho Albano, inicia as homenagens. No Centro de Convenções ,   a partir das 14.30 horas haverá,  promovido pelo Instituto,  o  fórum Cenários da Economia Brasileira. O professor e economista Marcos Melo, que foi Secretário do Planejamento no governo de Augusto Franco, lançará o livro: O Legado Desenvolvimentista do Governo Augusto Franco. O fórum será aberto pelo governador Marcelo Déda. O governador de Pernambuco Eduardo Campos falará sobre o Cenário Econômico do Nordeste; o professor Jose Pastore, Ph.D  em sociologia, falará sobre Modernização das Relações Trabalhistas; o professor Pablo Rabello de  Castro, Doutor em Economia, ( MA e Ph.D) pela Universidade de Chicago, fará palestra sob o tema: Brasil 202-2013: Como o Cenário Adverso Pode Operar a Nosso Favor. O ex-governador e ex-senador Albano Franco fará o encerramento do fórum.

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