Carmópolis
foi o segundo campo produtor de petróleo no Brasil. Começou a produzir em 1963,
quando só existia petróleo em alguns poços do recôncavo baiano. A Petrobrás apenas começava, desafiando a reação
negativa de setores descrentes na capacidade brasileira para construir um
modelo autônomo de desenvolvimento, esquecendo, nas gavetas, o parecer
pessimista e até suspeito de um famoso geólogo americano, que deu seu nome ao
que escreveu, o tão controverso Relatório Link. Quando o óleo começou a jorrar,
o então governador Seixas Dória foi a
Carmópolis. Ex-integrante da Frente Parlamentar Nacionalista,
Seixas ali enxergava, também, a sua participação para o êxito de uma empresa
brasileira que a duras penas se consolidava. Meio século depois, Marcelo Déda,
um governador de outra geração, que era
criança em 63 , esteve em Carmópolis,
agora, o mais antigo campo produtor do Brasil. Nele, a Petrobrás faz
fortes investimentos para a reativação dos poços, que continuarão produzindo, e com capacidade aumentada por
ainda muitos anos. Para Déda, para Jackson, que estava também em Carmópolis, aquele episódio, somado às novas perspectivas
de ampliação do potencial produtivo de petróleo sergipano no mar, representam novas vitórias de uma luta
histórica, que nela engajou políticos comprometidos, coerentemente, com um
projeto de independência econômica do Brasil.
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