domingo, 18 de setembro de 2011

O QUE SE ESCONDE NA BAGUNÇA DOS ARQUIVOS

Não se pode afirmar que sem a existência de arquivos organizados seja impossível percorrer-se a História, mas, se pode, com boa dose de convicção, dizer que a inexistência de arquivos ou a bagunça que neles reina,  é, quase sempre, o resultado de uma  deliberada conspiração  contra a verdade histórica. Quem faz essa instigante observação é o técnico arquivista Gilson Reis, que integra a equipe do professor José Carlos, um gaúcho especialista em arquivos  que foi trazido  a Aracaju pelo então Secretario da Casa Civil, Oliveira Junior, para executar uma parte do trabalho de organização do Palácio Museu Olímpio Campos.
Agora na Secretaria de Planejamento e Gestão, Oliveira Junior dá sequencia a uma das ações do governo Marcelo Déda que apresentaram resultados mais consistentes: a recuperação da memória histórica de Sergipe. Isso se fez com a  restauração de vários prédios, como  o palácio Olímpio Campos, o Atheneu Sergipense, o auditório  do Colégio Ateneu,   além de obras semelhantes no interior, entre elas, as mais importantes em São  Cristovão  e Laranjeiras. Agora, à recuperação da memória mais caracterizada como arquitetônica, se junta um trabalho de preservação documental.  Para isso, está sendo criado um  sistema de gerencia  dos arquivos, tendo como foco central o Arquivo Público do Estado, que deverá ser reformado.
 Não se dirá,  depois, ter-se permitido a degradação dos arquivos para que, carente deles, a nossa História desaparecesse, como quase desapareceu, infelizmente, durante um longo período que vai do início da colonização ao Império. Teria sido o resultado de uma bagunça das sucessivas administrações, ou algo conscientemente feito, para que não ficassem evidentes, para a História, tantos erros, tantas atrocidades?

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