domingo, 31 de julho de 2011

NO CABARÉ O SENADOR SUGERE QUE O SEDUZAM


 Ir ao cabaré, escrito assim mesmo sem o t final da palavra francesa era hábito arraigado entre grande parte dos políticos sergipanos. Chegamos a ter um governador interino que ia aos redutos das chamadas “ mulheres de vida fácil, “acompanhado de ajudantes de ordens da PM, no veículo oficial , chapa preta, número um, que tinha sobre o para-lama dianteiro a bandeirinha de Sergipe tremulando. Houve até um senador que chegou a comparar o cabaré com o céu.
Muitos entendimentos  e também muitas explosivas e até sangrentas  desavenças entre políticos aconteceram em torno de uma mesa animada de movimentados cabarés. Ilustres integrantes do Poder Judiciário eram assíduos freqüentadores dos lupanares, digamos assim, de elite, e um deles, figura rotunda,   exibia-se feliz tendo ao colo a mais cobiçada entre as damas da noite.  
Talvez os jornalistas que criaram um sério fórum de debates em um bar  da 13 de Julho, o  Templo Gelado, e a ele deram o nome de Cabaret, assim, com o t  francês, nem saibam da estreita relação entre política e prostituição, já  que não podemos dizer no bom  sentido, digamos então, literalmente,   que existiu por muito tempo em Sergipe de forma escancaradamente ostensiva.  Dessa forma, o nome é sob todos os  aspectos fortemente emblemático. Ou sugestivo.  Há, toda semana, uma reunião informal no Cabaret,  juntando jornalistas e radialistas que desejarem participar.  É sempre convidada uma personalidade pública para ser entrevistada, ou, melhor dizendo, bombardeada com perguntas absolutamente livres,  desvencilhadas de qualquer cerimônia. O entrevistado da semana que passou foi o senador   Valadares. A entrevista vem recebendo uma profusão de elogios postados nas redes sociais, exatamente porque o senador deu ênfase aos problemas  do Brasil, concentrou sua fala na análise da realidade brasileira, acentuou a importância de medidas  exigidas agora em face do crescimento rápido da nossa economia, que ele atribuiu em grande parte a um eficaz projeto de erradicação da pobreza.
 Mas, evidentemente,  Valadares  não poderia deixar de falar sobre política, então, a respeito de uma  possível candidatura dele ao governo, disse: : “Depois de 20 anos fora do governo e de 3 mandatos de senador, só se houver uma recaída. Se pintar um novo amor, se eu for seduzido, até poderei disputar as eleições de 2014 “.
Quem se dispõe a seduzi-lo?

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