João Alves será candidato mesmo a Prefeito de Aracaju. Durante a campanha ele fará um solene juramento: Eleito, não pensará em candidatar-se a governador em 2014. Será prefeito por 4 anos e depois encerrará a carreira política, dedicando-se unicamente à atividade de escritor. Seria emblemático para ele terminar a vida pública eleito para o mesmo mandato que exerceu, nomeado pelo governador José Leite em 1975, sem precisar do sufrágio popular. João tem, indubitavelmente, uma trajetória política repleta de êxitos. Governador com três mandatos, ( até agora o único em Sergipe ), e também Ministro do Interior do presidente Sarney por quatro anos. Nesses 36 anos de vida pública e sucessivas disputas eleitorais, perdeu três delas: em 98 para Albano, em 2006 para Déda , e, novamente Déda em 2010. Mas as derrotas não abalaram muito a sua liderança. Mantem-se politicamente vivo, sem mandato . E essa sobrevivência foi conseguida quase sem suporte partidário, pois o seu pêfêlê, agora DEM quase derreteu. João tem hoje apenas dois deputados que o defendem solitária e aguerridamente na Assembléia: Venancio Fonseca, líder da oposição, filiado ao PP, e Augusto Bezerra, ainda do DEM, por falta de alternativas. Na Câmara Federal tem a fidelidade a toda prova do genro Mendonça Prado, agora voando solto com as próprias asas. No Senado, a mulher recuperando-se de uma longa enfermidade. Com a saúde restabelecida, Maria do Carmo pensará em disputar em 2014, um terceiro mandato. João, prefeito, poderia ser um excelente suporte para a candidatura de Maria. Se o conselho do deputado Augusto Bezerra for levado em conta, João não deixará de ser candidato a prefeito e, se eleito apoiar a candidatura ao governo do senador Eduardo Amorim.
Amigos mais próximos de João adiantam a tática que ele deverá seguir. Repetiria Lula apresentando-se como João Paz e Amor, limitando-se a desfilar idéias e projetos criativos para a capital, identificando nossos principais problemas e lembrando sempre que a capital ainda precisa de muita coisa antes de adotar o slogan de Feliz Cidade, mas, evitando críticas pessoais a Edvaldo Nogueira, e até chegado a dizer que, se eleito, procuraria manter um excelente relacionamento com a presidente Dilma, com o governador Marcelo Déda, a quem, logo após a eleição, solicitaria audiência para uma visita protocolar. Ele desejaria assim acabar a agressiva combatividade política que foi uma forte característica do seu último mandato, quando marcou a ferro e brasa aqueles que identificava como inimigos. Buscaria então um entendimento com a esquerda, retiraria da cabeça, para sempre, aqueles tratores que derrubaram, impiedosos, barracos do MST no sertão. Tentaria reeditar, numa situação bem diversa, o ano de 1985, quando caminhou em direção à esquerda, fazendo proveitosa aliança com Jackson Barreto, com o Partido Comunista. Tudo isso seria até mais fácil, pois, não alimentaria quaisquer ambições políticas, desejando, somente, cumprir um último mandato num clima de paz que lhe permitisse trabalhar sem maiores obstáculos. A depender das circunstancias, há quem garanta, para tornar mais fácil sua vida na Prefeitura, João até poderia apoiar ao governo um candidato situacionista, e abster-se de apresentar candidato ao Senado, alegando que seria imenso sacrifício pessoal para Maria enfrentar uma campanha eleitoral, e, se eleita, exercer outro mandato de 8 anos com as idas e vindas entre Aracaju e Brasília.
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