quinta-feira, 5 de maio de 2011

OS JORNALISTAS NO CABARÉ


Um grupo de jornalistas aracajuanos, criativos e dominados pela inquietante ânsia da notícia, consolidaram uma prática que se revela fértil, extraindo informações dos políticos, principalmente, reunindo-se com eles num espaço a que deram o sugestivo nome de Cabaré. Assim, os mais importantes políticos sergipanos, os mais destacados empresários já foram ao Cabaré. O grupo de jornalistas está dando tratos à bola para descobrir a melhor forma de convidar o Arcebispo de Aracaju, superando o constrangimento que seria, para ele, a reunião em local com nome, no caso, tão inadequado, embora no ambiente possam circular com absoluta tranqüilidade as mais cândidas das freirinhas, se o nome não as afugentasse, todas fazendo o sinal da cruz.
Mas, como revela o pesquisador primoroso e escritor prolífico Murilo Mellins o hábito de freqüentar cabarés verdadeiros e ainda transformar em destacada noticia a ida às casas de tolerância, era comum entre os jornalistas aracajuanos lá pelos anos quarenta, cinqüenta e sessenta.
Destacamos trecho de uma matéria publicada até com cerimonioso texto, no jornal Correio de Aracaju de 1949, a propósito de um “coquetel oferecido à imprensa” pelo famoso empresário de bordeis Nelson Bitencourt, mais conhecido como Nelson de Rubina. A noticia da recepção aos jornalistas no cabaré de Nelson fará parte do novo livro que Mellins está concluindo sobre fatos pitorescos da vida aracajuana.

Um comentário:

  1. Eu ainda alcancei os vários cabarés de Aracaju pelos anos 60 e q perdurou o seu auge até os anos 80, começando a fracassar nos anos 90 principalmente na sua segunda metade. Era vários 'streap-tease' q assistir acompanhado com goles de cerveja e fui um verdadeiro notívago. Não tinha o fantasma do assaltante p,ra atrapalhar. Eram, algumas das vezes, mulheres modelo. Talvez o autor do livro Murilo Mellins do livro "aracaju como vi e vivi" teve nessa aí.

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