terça-feira, 5 de abril de 2011

A TSUNAMI E AS FAZENDAS MARINHAS


Depois do terremoto e da grande onda, a tsunami que varreu parte do nordeste japonês, ficou-se sabendo que ali estava grande parte das fazendas marinhas do país. E que, daquelas fazendas saiam quase oitenta por cento dos peixes e crustáceos produzidos na região. Os japoneses descobriram nas grandes fazendas marinhas uma forma de compensar a queda na produtividade dos seus mares, há tanto tempo freqüentados por uma frota pesqueira cada vez mais eficiente na capacidade de capturar, e hoje sendo desativada pela  redução dos cardumes.
O Japão, é coisa ínfima, se comparado às dimensões continentais do Brasil, à extensão dos nossos rios, das nossas costas, dos nossos lagos. Mas por aqui apenas surgem algumas tímidas experiências de produção de peixes e crustáceos cultivados. Paulo Afonso, aqui bem perto, tem uma bem sucedida experiência na produção de peixes em tanques rede no lago de Xingó. Nas margens sergipanas não existe nada. Temos quatro grandes barras e largos estuários, do São Francisco, do Sergipe, do Vaza Barris, do Piaui- Pìauitinga, e mais a barra menor do Japaratuba. Mas apenas temos uma pequena, todavia bem sucedida experiência de cultivo de ostras. Ha largos espaços aquáticos para o surgimento de fazendas marinhas, mas, por enquanto só camarão vem sendo produzido, assim mesmo, gerando polemicas, por ser apontado como causador da mortandade de caranguejos nos mangues, o que ainda não está comprovado.
No passado, tínhamos uma grande quantidade de viveiros e, nesta época de quaresma deles saiam toneladas e toneladas de curimãs, robalos, pescadas, bagres, tainhas. Os viveiros acabaram, e no mar a pesca escasseia. Está na hora de empresários pensarem em implantar fazendas marinhas, seguindo o exemplo japonês. E aqui, felizmente, não se corre o risco de sofrer com terremotos e tsunamis.  O Instituto Xingó anuncia que conseguiu reproduzir pitús em cativeiro. Poderá ser atividade mais rendosa até do que a pesca e industrialização da lagosta.

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