quarta-feira, 20 de abril de 2011

A RASTEIRA EM ALBANO, OU O INIMIGO MORA AO LADO

Albano poderá até minimizar a insultuosa decisão do seu partido, o PSDB, que surpreendentemente proibiu a realização da convenção em que seria eleito o novo dirigente estadual o empresário Adierson Monteiro. Albano tem o hábito de contemporizar, isso faz parte do seu raro temperamento, infenso a qualquer forma de conflito. Pacificador sempre, ele tenta reduzir os efeitos de uma decisão que equivaleu a uma traiçoeira punhalada desferida pelos costados indefesos. Diz Albano que o presidente Sérgio Guerra depois lhe telefonou, dando justificativas e pedindo que ele indicasse o nome de um interventor para o partido. Fosse outro, e não Albano, Guerra teria sido mandado para o lugar que costumeiramente são remetidos aqueles que cometem atos assim tão traiçoeiros. Mas isso faz parte dos conflitos internos de um partido que se esfrangalha e se mostra incapaz de encontrar um rumo entre tantas egolatrias que o dominam. Albano foi sempre rigorosamente leal ao partido. Prejudicou-se fazendo composições, e prejudicou-se mais ainda por deixar de fazê-las, para não discrepar das posições assumidas pelos tucanos. Agora, recebe um golpe que não merecia, mas tem caminhos novos a percorrer, se assim decidir livrar-se do estigma tucano que o persegue, atormenta e prejudica. O pior de tudo: a inspiração para que Sérgio Guerra interviesse tão açodadamente no PSDB local, teria partido de um amigo e vizinho de apartamento de Albano, o ex-deputado federal Jose Carlos Machado, interessado em acoplar o PSDB uma vez por todas ao seu DEM, ou a comandá-lo, para que o partido se torne um aliado, para ele enfim, confiável e submisso.

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