domingo, 13 de março de 2011

UM CIENTISTA E HUMANISTA QUE VIVEU EM MINAS GERAIS


O estado de Minas presta agora homenagens à memória do professor doutor Herbert Magalhães Alves, que faleceu aos 82 anos no inicio deste mês. Ele não foi apenas um professor respeitado, foi um pioneiro em diversas pesquisas na área da química orgânica.  Na Itália, nos anos 50, colaborou com o cientista Daniel Bovet,  que viria em 1957 a receber o premio Nobel de Medicina e Fisiologia.  Herbert  Magalhães Alves incorporou às pesquisas do professor Daniel, o veneno curare usado pelos índios brasileiros,  com ampla ação como anestésico na medicina. Dedicado especialmente a fitoterapia, Herbert também participou na Inglaterra de pesquisas envolvendo as avocatinas, substancias encontradas na semente do abacate.
Sobre o professor Herbert disse sua ex-aluna, a professora doutora Dorila Pilo Veloso:  ¨Recebi das suas mãos quando retornei do meu doutorado na França e preservei, durante tantos anos, aquela gavetinha cheia de extratos de plantas que  ele deixara num dos laboratórios. Ele era um apaixonado  pela flora brasileira. Deu-me um apoio imenso durante a ditadura, e como outros professores do Departamento de Química, naquela época, na calada da noite dos perigos ajudou a preservar a minha vida¨
Na década de 60 o professor Herbert  apaixonou-se por uma aluna, linda e  loira, uma das mais belas sergipanas do seu tempo,  Jane de Oliveira. Casaram-se e viveram juntos até este mês de março.
Jane é filha de Jorge Oliveira Neto, um ícone da engenharia civil sergipana, também um humanista e pesquisador. Jane acompanhou o marido nas suas peregrinações cientificas pelo mundo, tornando-se também uma doutora em química e respeitada professora da Universidade Federal de Minas Gerais. O casal teve três filhos, Jorge, Laura e Márcia. As duas filhas fazem agora  doutorado na Suécia. O professor Herbert doou seu corpo à faculdade de medicina para pesquisas, por isso, não houve velório.  

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