quinta-feira, 3 de março de 2011

O episódio:

 Beneficiado pela
anistia ampla , geral e irrestrita assinada pelo presidente Figueiredo,
Brizola,  a quem os militares detestavam
ou mesmo odiavam, voltou ao Brasil após um longo exílio. Enfrentando
ameaças  quase terroristas, ele
candidatou-se a governador do Rio de Janeiro e venceu a eleição. Como
governador, Brizola precisava encontrar-se com o presidente, até mesmo para
garantir uma permanência menos intranqüila no poder. O general Figueiredo conhecido pela forma  estabanada como falava e se comportava, teria
dito que receberia Brizola mas, não lhe apertaria a mão. No dia da audiência,
seguido por dezenas de jornalistas Brizola entra no palácio, espera tenso
alguns minutos na ante-sala e é recebido depois por um carrancudo Figueiredo
que quase não levantou os olhos para vê-lo. Brizola aproxima-se lhe
estende  a mão, e diz: ¨Presidente , me
permita apertar a mão do homem que assinou o ato da anistia e pacificou a nação
¨.  Figueiredo desfez a carranca,
retribuiu o cumprimento, e daí em diante foram só churrascos, conversas
frequentes  na Granja do Torto, onde
Brizola era sempre convidado especial, até despertando ciúmes no duro general Pires, Ministro do Exército. A
ligação Figueiredo -Brizola tornou-se tão forte que o ex-perigoso subversivo,
chegou a defender uma prorrogação do mandato do general quando a sociedade já
começava a clamar pelas diretas já.

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